Dialeticidade recursal: o pilar da justiça e eficiência no processo judicial

By Gerich Hameriret 4 Min Read
Alexandre Victor De Carvalho

O desembargador Alexandre Victor de Carvalho destacou, em recente apelação cível oriunda da Comarca de Contagem, a importância do princípio da dialeticidade recursal para assegurar o bom andamento dos processos e a correta análise dos recursos. Em seu voto, ele ressaltou a relevância desse princípio ao decidir pelo não conhecimento de um recurso por ausência de dialeticidade. O presente artigo analisa os pontos principais desse processo, o papel da dialeticidade recursal e o impacto do voto do desembargador

Leia para saber mais!

Como a dialeticidade afeta a admissibilidade dos recursos?

A dialeticidade exige que o recorrente apresente argumentos claros e bem fundamentados sobre os motivos que justificam a reforma de uma decisão judicial. No caso em análise, a parte apelante apresentou um recurso que, conforme destacou o desembargador Alexandre Victor de Carvalho, carecia de elementos fundamentais para configurar um debate jurídico válido.

O desembargador pontuou que, embora a parte tenha manifestado sua inconformidade, faltaram argumentos que confrontassem a decisão anterior de forma dialética. Esse detalhe foi determinante para a decisão de não conhecer o recurso, conforme disposto no art. 932, III, do Código de Processo Civil (CPC/15). A aplicação rigorosa do princípio da dialeticidade contribui para um sistema judicial mais eficiente, evitando a tramitação de recursos que não atendam aos requisitos legais.

Alexandre Victor De Carvalho
Alexandre Victor De Carvalho

Qual a análise do desembargador sobre o caso?

O voto do desembargador Alexandre Victor de Carvalho também destacou a falta de conexão entre os argumentos da apelante e o tema discutido na sentença. A ausência de referências claras ao Tema 929 do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e a falta de embasamento jurídico sólido reforçaram a decisão pelo não conhecimento do recurso.

Alexandre Victor de Carvalho trouxe uma análise detalhada, amparando-se na doutrina de Humberto Theodoro Júnior, para justificar sua decisão. O desembargador evidenciou que a dialética não é apenas um requisito formal, mas um elemento essencial para que o Judiciário exerça sua função de forma plena, permitindo o confronto de ideias entre as partes.

Quais são os reflexos da decisão para o sistema jurídico?

Decisões como a proferida pelo desembargador Alexandre Victor de Carvalho demonstram a importância de observar os requisitos processuais para garantir a qualidade e a objetividade dos julgamentos. Ao aplicar de forma criteriosa o princípio da dialeticidade, o desembargador não apenas reafirma o compromisso com a segurança jurídica, mas também contribui para desafogar o sistema judicial, filtrando recursos sem mérito ou fundamentos adequados.

Essa decisão serve como alerta para advogados e partes no sentido de que a falta de dialeticidade pode inviabilizar a apreciação de seus pleitos. Assim, o trabalho de Alexandre Victor de Carvalho transcende o caso específico, impactando positivamente o modo como a advocacia e o Judiciário enxergam a preparação dos recursos.

A importância da dialeticidade recursal para o sistema judicial

Fica claro, portanto, que o voto do desembargador Alexandre Victor de Carvalho no processo em questão reforça a centralidade do princípio da dialeticidade recursal no sistema jurídico brasileiro. Sua análise minuciosa e fundamentada exemplifica a relevância de observar os requisitos processuais para assegurar a eficiência e a justiça nos tribunais. A decisão, além de resolver o caso em questão, também serve como uma lição valiosa para profissionais da área jurídica em todo o Brasil, destacando a importância de um trabalho técnico e rigoroso na elaboração de recursos.

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