Segundo reitora da Universidade Federal Rural da Amazônia, Herdjania de Lima, a utilização do material demonstrou melhorias nutricionais e biológicas em áreas degradadas da Amazônia
Aministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, recebeu, nesta segunda-feira (10) a reitora da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), Herdjania de Lima. O principal assunto da pauta foram os avanços na produção de biofertilizantes pela China.
“O uso de biofertilizante para a recuperação de solos degradados na Amazônia é um projeto que está dentro da nossa agenda governamental e de soberania nacional”, destacou a chefe da pasta sobre a importância do produto.
Durante a conversa, Herdjania anunciou que o projeto entrará em uma nova fase e pediu à ministra um aporte financeiro de cerca de R$ 300 mil para o financiamento e incentivo do programa, que futuramente também deve receber apoio de uma universidade russa.
O objetivo do projeto, que recebe recursos da empresa Zhuhai Sino-Lac Supply Chain, é aumentar a produção agrícola e pecuária de maneira sustentável, de maneira a garantir a segurança-alimentar da população e agindo na recuperação do solo degradado.
Em março de 2023, a universidade assinou um acordo de ampla cooperação para o intercâmbio de pesquisadores e estudantes entre a unidade brasileira e a chinesa, Universidade de Hohai.
Em fevereiro deste ano, a UFRA recebeu a primeira remessa do produto, com 500 quilos enviados por avião. Agora, a expectativa é que o país receba mais 40 toneladas do biofertilizante em agosto.
Segundo a universidade, o biofertilizante é feito com o reaproveitamento de resíduos rochosos das minas do Pará. A primeira leva do produto foi destinada às áreas degradadas do noroeste paraense.
Os primeiros experimentos demonstraram melhorias nutricionais e biológicas em áreas degradadas. “Nosso objetivo é levar esse biofertilizante inclusive para a agricultura familiar, no sentido de ser um produto orgânico e que nos ajuda a cuidar do solo”, destacou Herdjania.