Feminicídios com arma de fogo crescem 45% em Brasil
De acordo com um levantamento do Instituto Fogo Cruzado, realizado em 57 municípios brasileiros, o número de feminicídios ou tentativas de feminicídio praticados com arma de fogo aumentou significativamente em 2025. Até a primeira quinzena de agosto desse ano, pelo menos 29 mulheres foram vítimas desses crimes, sendo que 22 delas não sobreviveram.
Este aumento é alarmante e demonstra uma falta de eficácia nas medidas de segurança e proteção às mulheres no Brasil. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um crescimento de 45% nos casos de feminicídio praticados com arma de fogo. Isso significa que as ações dos agressores se tornaram mais violentas e letais. A região metropolitana do Recife foi a que apresentou o maior número de casos, com 31 registros, sendo 13 vítimas (oito mortas e cinco feridas).
Além disso, os dados também mostram que as mulheres estão se tornando cada vez mais vulneráveis em seus próprios lares. O ambiente doméstico foi o principal lugar onde ocorreram esses crimes, com 15 das 29 vítimas sendo atingidas dentro de casa. Isso é um sinal claro de que a violência contra as mulheres não está apenas limitada à esfera pública, mas também se manifesta em sua própria família e comunidade.
Um aspecto preocupante é o fato de que 25 das vítimas foram atingidas por companheiros ou ex-companheiros. Isso demonstra a necessidade de medidas mais eficazes para proteger as mulheres desses agressores, bem como para prevenir a violência doméstica e familiar. Além disso, o levantamento também mostrou que 7 dos casos envolveram agentes de segurança como agressores, o que é um sinal claro de que essas instituições precisam ser reavaliadas e reformuladas para garantir a proteção das mulheres.
É fundamental que as autoridades tomem medidas concretas para combater a violência contra as mulheres no Brasil. Isso inclui investir em programas de prevenção, aumentar a fiscalização e punição dos agressores, além de melhorar a assistência às vítimas. Além disso, é necessário que a sociedade como um todo se engaje nessa luta contra a violência e promova uma cultura de respeito e igualdade entre os gêneros. Só então podemos esperar um futuro mais seguro e justo para as mulheres no Brasil.